brasilidades Nº5
Ária cantilena encanta, bagagem acomodada ao lado, no assento rústico de madeira repousa a minha saudade. A espera vagueia serpenteando as ruas de pedra, os cavalos cavalando, os pássaros passarando, os amantes ousam caricias ínfimas amarelados pelo lampião que lampeia. A rua sereia, a lua seria, o brinde e a ceia.
Apito longínquo esfumaça o ar. Esperança de um dia poder voltar,
[ao lar,
ao meu lar,
ao lar,
ao meu lar,
ao lar.]
A estação estaciona, passos passeiam, partidas partilham. Saudades das coisas, dos tempos e das desilusões borradas de vida. Minha terra sempre há de ser minha: o trem parte, o terço reza, um bocejo a mais e a certeza de um tempo jazido em mim.
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